Relatório sobre elementos urbanos

Rotatória: É um elemento urbano importante, em fase de divulgação e implantação desde a Inglaterra, e em alguns Estados do Oeste dos EUA por ser mais eficiente e de custos menores que os semáforos. Na rotatória, os motoristas trafegam de 25 km a 30 km/h, razão pela qual registra uma drástica redução em acidentes fatais com pedestres, ciclistas e motoristas. Só por essa razão a adoção das rotatórias já seria justificada.
Deve-se considerar que os semáforos sempre deixam parte das vias em ociosidade, para o lado que estiver na condição de farol vermelho, o que não acontece com as vias ligadas às rotatórias, onde os veículos apenas reduzem a velocidade quando próximo dos cruzamentos. Vale observar que a redução de velocidade ocorre pela simples reação dos motoristas, pois sem a visibilidade de pista livre e desimpedida, preferem, para sua própria segurança, aproximar-se devagar dos cruzamentos.
Sem necessidade de equipamentos elétricos e eletrônicos, e portanto de equipes de manutenção preventiva e emergencial, mas principalmente pela redução de mobilização de equipes policiais e paramédicas para atender casos de acidentes, acrescendo-se a polícia pericial em casos de fatalidades, e sem os prejuízos de congestionamentos redundantes desses acidentes, com interdições de fluxo, por essas razões, à longo prazo, a adoção das rotatórias, mesmo com desapropriações de áreas de esquina, valha a pena a sua implantação.
O lado negativo das rotatórias á a área que ocupam, pois exige raios mínimos internos de 20m e externos de 30m, além de espaços para calçadas, ciclovias e ajardinamentos, o que excede a área de muitas esquinas de nossas cidades. A sua implantação dependerá de dar prioridade a soluções de tráfego a longo prazo.

Lombada: A lombada tem como objetivo reduzir a velocidade dos veículos e nesse sentido são dimensionadas para que os carros possam passar por ela com menos desconforto quanto mais próximo da velocidade para a qual foi projetada. Além do desconforto, o veículo poderá sofrer danos em casos de velocidades maiores.
Os motoristas que normalmente seguem as normas do trânsito, ao passar pelas lombadas sentem-se injustamente punidos, com os que costumam abusar da velocidade no transito urbano, pelo desconforto de freiar e acelerar contínuas vezes ao longo de uma via, muitas vezes com comprimento e largura para serem utilizadas em velocidades maiores.
O lado ruim da lombada, é que de uma maneira geral, atrasam a circulação de bombeiros e ambulâncias em situação de emergência, causam poluição das constantes frenagens e aumentam o consumo de combustível nas acelerações, disso resultando também o aumento do consumo de combustível.

Zona Azul: O estacionamento rotativo pago, foi criado em 30/12/1974, com o objetivo de promover a rotatividade das vagas existentes, racionalizando o uso do solo em áreas adensadas, disciplinando o espaço urbano e permitindo maior oferta de estacionamento. Beneficiou o comércio retirando boa parte dos carros que costumavam ficar estacionados na rua o dia todo. Sem local para estacionar, os clientes potenciais optaram pelo comércio nos shoppings centers, e as Zonas Azuis reduziram esse prejuízo com o estacionamento rotativo mais barato que os privativos.
O lado negativo das Zonas Azuis foi a seu uso pelas Administrações para criar empregos improdutivos, e isso procurou-se sanar com a introdução de máquinas de bilhetagem de estacionamentos pagos com moedas. Não temos informações sobre vandalismos e roubos nesses equipamentos de bilhetagem. Face ao valor agregado de automação dessas máquinas, os empregos foram trocados por alugueis, vendas e pagamentos de direitos, de patentes, o que pode significar a criação de empregos em outros estados ou outros países, muito provavelmente.
Outro aspecto negativo das Zonas Azuis é a ocupação de área pavimentada, que em geral é dimensionado para tráfego e fica portanto subutilizada para uso de estacionamentos. Áreas de rua para vagas de estacionamento precisam ter pavimentos mais baratos.

: Erika Tiemi Ikehara – aluna da Faculdade de arquitetura e Urbanismo da UMC, tema: urbanismo, abril de 2011.