Parques
Por Eduardo Velasco
O que se deve ter ou ser um Parque? Ter ou ser, depende, provavelmente da opinião de cada usuário.
Para cada Parque podemos prever sua adequação às necessidades de diferentes usuários, por exemplo, praticantes de esportes individuais e de esportes coletivos. É fundamental que o parque atenda a toda essa demanda diferenciada.
O que se pode esperar de atividades de lazer em um parque? Depende das áreas e zonas previstas para atividades distintas, por exemplo, na zona de esportes coletivos, uma área de quadras poliesportivas, e numa zona de esportes individuais um campo de treinamento de arco-e-flexa.
Há locais voltados para diferentes faixas etárias, pois usuários com idades distintas requerem atividades diferentes próprias.
O relevo é outra peça chave no projeto e paisagismo de um parque. Caso a topografia seja totalmente plana (caso difícil) pode-se criar relevos, permitindo visuais de alturas diferentes e também alterar a paisagem local.
Para otimizar o tempo e o aproveitamento dos usuários nos parques, pode-se criar alternativas administrativas possibilitando o seu uso em qualquer horário. Criar atrações para horários alternativos ao horário comercial (8h as 18h). Além da flexibilidade de horário os parques precisam estarem equipados para funcionarem em horários alternativos. Deve-se prestar atenção na infraestrutura do local. Outro modo para ter um melhor aproveitamento do uso do parque, é criar grandes coberturas nas quadras, para em caso de intempéries possibilitar aos usuários continuarem a prática esportiva, mesmo que alternativa.
É de extrema importância lembrar que o parque urbano pode promover toda a valorização do entorno. Ex: O Central Park (projetado por Frederic Olmstead Law) um renomado paisagista americano, oferece um visual de vegetação densa, razão pela qual está cercado de valorizados imóveis residencial.
Para se obter êxito no projeto de um Parque, deve-se dar muita importância ao entorno, identificando seus potenciais de desenvolvimento e seus bloqueios naturais e construídos. Devemos sempre projetar pensando em longo prazo, pois o projeto urbano sofre transformação ao longo de sua longa vida útil, “sobrevivendo” as transformações vividas pela cidade. Devemos pensar no aumento populacional, no fluxo de transito, na mudança da paisagem natural, etc...
Há também outro assunto na parte de urbanismo que chama atenção que é a parte dos estacionamentos. Avalia-se que para carro seja necessário 25m² do terreno total, incluindo-se a área da vaga, área de manobras e área de “descompressão” que evita o congestionamento junto aos acessos.
Os grandes estacionamentos ao ar livre são visual e ambientalmente impactantes além de ocupar área de solo do Parque que pode ter utilização equivalente a, PPR exemplo, um viveiro de plantas. Uma solução é contar com uma área de embarque-desembarque para pessoas com dificuldade de locomoção e ter um estacionamento distante. Caso pouco distante, as pessoas poderiam aproveitar para caminhar, e para isso seria necessário que as calçadas fôssem largas, desimpedidas, seguras e iluminadas. Caso muito distante, poderia haver uma linha de transporte coletivo interligando o Parque e o Estacionamento.
.Eduardo Velasco – aluno da Faculdade de Arquitetura da UMC , tema : Urbanismo , abril de 2011.