Sunday, April 24, 2011

ELEVADO COSTA E SILVA
Por Rogerio do Nascimento Santos

Antes de comentar sobre os aspectos negativos do elevado Costa e Silva, mais conhecido como “Minhocão”, vamos fazer um rápido comentário sobre os seus aspectos e concepção até os dias atuais.
O elevado teve seus primeiros esboços por volta de 1965 pelo Pref. Jose Vicente Faria Lima com o objetivo de desafogar o transito, os cruzamentos locais e principalmente atravessar o centro da cidade de uma maneira mais rápida, nesta época o projeto não teve uma boa aceitação por parte da população e teve o seu arquivamento com a ajuda de especialistas técnicos.
Com a eleição de Paulo Maluf em 1969, o Projeto do Minhocão sai da gaveta e a partir de 1970 tem inicio as obras. Após 11 meses de execução e com 3,4 km de extensão, foram então concluídos os serviços com um custo aproximado de Cr$ 37bi. Iniciando na Praça Roosevelt, Consolação, até o Largo Padre Péricles, Perdizes, passando sobre a Rua Amaral Gurgel, a Avenida São João e a sua continuação a Avenida General Olímpio da Silveira.
A construção da via elevada contribuiu significativamente para o acentuado processo de deterioração do centro expandido, tratado com pouco caso pelos órgãos governamentais. Um dos grandes fatores foi à mudança da sede do governo estadual do Palácio dos Campos Elíseos para o Morumbi, o abandono gradual das estações, dos calçadões e as varias desvalorizações dos imóveis da região.
O centro de São Paulo ficou isolado. Muitas das atividades econômicas foram se deslocando para as avenidas Faria Lima, Paulista, Berrini, entre outras.
Vários são os pontos negativos desta construção, desde a sua elaboração até os dias de hoje. Podemos destacar:
• A falta de preocupação com o entorno em relação aos comércios e moradores;
• A falta de locais adequados para estacionar ou mesmo para paradas rápidas de embarques e desembarques;
• A desproporção entre a largura do tabuleiro (piso) e a altura do pé direito (pilares);
• Pé direito relativamente baixo;
• Alto nível de barulho provocado pelos carros que transitam sobre ela ou abaixo;
• Pilares muito robusto e próximo uns dos outros;
• Pouca distância entre a via e os prédios do entorno;
• A inexistência de nivelamento entre os pilares, causando assim uma sensação de desconforto;
• Falta de iluminação natural e das chuvas abaixo da pista devido a sua baixa altura, ocorrendo uma enorme propagação de fungos e bactérias. Prejudicando diretamente os moradores, comerciantes e transeuntes do local;
• Falta de segurança e a constante utilização de moradores de rua como abrigo.
Rogerio do Nascimento Santos é estudante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UMC, tema: Urbanismo. Abril de 2011.

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