Infraestrutura Urbana
Por Carlos Alberto Santana
Atualmente os domicílios urbanos buscam sua auto-suficiência dos serviços da infraestrutura urbana, como as supridas pelas redes de água, esgoto, energia e comunicação.
Essa auto-suficiência em alguns países, em especial no setor elétrico, já está em desenvolvimento. Por exemplo, na Alemanha utiliza-se células fotovoltaicas gerando energia elétrica nas residências. O excedente gerado é vendido à concessionária de energia que compra por 2,5 vezes o preço da tarifa, de maneira que, se o morador comprar e consumir a mesma quantidade de kW, ainda assim estará ganhando dinheiro com o seu equipamento. A concessionária, por sua vez tem ganhos econômicos pois deixa de investir na construção onerosa de novas usinas de geração de energia elétrica. Um benefício duplo, que deve ser implantado em vários países, e que para isso, precisa resolver a questão dos custos das células fotovoltaicas e de política pública de incentivo aos fabricantes e consumidores.
No Ceará é utilizado um modelo de poste de luz ,que recebe pela parte da manhã luz do sol recarregando as baterias com o uso de célula fotoelétrica; e pela parte da noite, sem energia solar, as hélices no topo dos postes continuam gerando energia elétrica pela ação dos ventos ( energia eólica) que são na região bastante constantes e amenos, considerados os mais adequados para equipamentos geradores.
Os postes auto-suficientes em energia elétrica, utilizados no Ceará, oferecem um visual paisagístico mais desobstruído, sem os fios cruzando o espaço, mas tem também a vantagem de oferecer menos interrupções de serviços, como acontece nos sistemas com redes aéreas convencionais. Atrai a população desses conjuntos habitacionais para a área pública, quando instalados e mantidos. A iluminação melhora as condições de segurança , aumenta a área útil de lazer e propicia o acesso noturno de vários veículos, como caminhões de entrega e taxi, que em condições de ruas sem iluminação se recusam a acessar.
Essas transformações têm importância social pois propicia novos comportamentos gerados por relacionamentos em local público em momentos de lazer e sem os estresses das ruas movimentadas e de pessoas desconhecidas
Essas áreas públicas, além de iluminadas como praças, devem ter pontos de maior luminosidade para que se possa ler e fazer trabalhos artesanais, como que numa extensão da casa. E os equipamentos devem ter boa qualidade, porém sem luxos ou desperdícios. Os excessos e desperdícios podem ter interpretação ofensiva para quem vive em estado de carência, até mesmo nas suas necessidades básicas.
Cada projeto de habitação de interesse social precisa estar integrado ao meio urbano e isso significa que cada empreendimento deveria não apenas minimizar seus impactos, mas tornar essa área mais equilibrada. Assim, se no entorno existe carência de serviço de esgoto, de coleta de lixo, ou de áreas verdes, o empreendimento a ser construído deverá pautar no seu programa, essas carências e como solucioná-las.
Carlos Alberto Santana – aluno da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UMC – Tema: Urbanismo – abril de 2011.
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