Parques
Por Carlos Alberto Santana
Os parques Urbanos, uma categoria de áreas verdes que contribui para a sustentabilidade urbana, são importantes para a melhoria da qualidade de vida das cidades. Os Parques Urbanos como conhecemos hoje, têm sua origem no século XIX nos Parques Europeus destinados a atender a necessidade de áreas livres para o povo, nas grandes cidades de então. Seu congênere brasileiro surge não com esta mesma finalidade, provavelmente mais de paisagem, pois o Brasil do século XIX não possuía uma rede urbana expressiva e nem mesmo a capital, o Rio de Janeiro, tinha o porte de qualquer grande cidade européia.
Como ótima referencia de parque urbano podemos citar o Central Park da cidade de New York, que foi o primeiro parque paisagístico público nos Estados Unidos, projetado por Calvert Vaux e Frederick Law Olmsted. É o lar de uma tonelada de atrações espalhadas pelos seus 843 hectares de paisagem. Os atrativos abrigados no parque são muito variados, podendo os visitantes encontrar de tudo, desde lagos de águas verdes, gramados com prados e pontes deslumbrantes e centros de equitação, além de instalações educacionais, jardins e até mesmo arquitetura clássica.
O parque surgiu por incentivo dos comerciantes e latifundiários que admiravam os espaços públicos de Londres e Paris, e pediram ao governo que Nova Iorque precisava de um lugar semelhante para estabelecer sua reputação internacional. Após três anos de debate sobre o local e o custo do parque, em 1853, a Assembléia Legislativa autorizou a cidade de Nova York a usar o poder do domínio eminente para adquirir mais de 700 hectares de terra no centro de Manhattan.
No Século XX a necessidade de se oferecer espaços públicos para o lazer nas grandes cidades cresce no Brasil. O Parque urbano, tendo seu nascimento mais ligado a função de recreação, passa, na atualidade, a incorporar outras funções tais como a esportiva, a de conservação de recursos naturais, nos parques denominados ecológicos e também as de lazer sinestésico, oferecidas pelos parques denominados temáticos.
No Brasil, o paisagista de maior destaque foi Roberto Burle Marx, autor de inúmeros projetos, tendo como melhor referencia o parque do Flamengo onde se encontra a diversidade da flora, formada principalmente por espécies nativas selecionadas por ele. Para a travessia dos banhistas em direção à praia do Flamengo, foram construídas passarelas com curvaturas suaves sobre as pistas expressas e passagens subterrâneas sob as mesmas. As pistas são fechadas ao tráfego nos domingos e feriados das sete às dezoito horas para permitir seu uso pelos frequentadores do parque. Ocasionalmente, as pistas são usadas para competições de atletismo e ciclismo.
Concluímos que para realizar um projeto de um parque devem-se muitas coisas boas para interagir com o entorno, fazer com que o parque tenha atrativos para atrair uma diversidade de usuários de várias idades para atividades diferentes, eventualmente separadas, se necessário. Deve-se prever o uso de arvores com copas grandes para ocasionar sombras evitando o calor do meio dia, pistas de Cooper, equipamentos de exercícios físicos e diversos lagos como no Central Park e Parque Ibirapuera. Deve-se prever o tempo de uso, podendo uma parte do parque ser de uso noturno ou seja um horário 24h. Se necessário, prever a possibilidade de, em obras próximas ou no local, utilizar o sistema de botafora para construir relevos nas praças. Os estacionamentos subterrâneos contribuem para ter mais área de lazer ou de gramado. Estacionamentos remotos, distantes do Parque e interligado por um transporte não poluente, também contribui para ter mais área no Parque.
Carlos Alberto Santana é aluno da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UMC, tema: Urbanismo, Abril de 2011.
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