Wednesday, April 06, 2011

Conjunto Habitacional
Por Eduardo Velasco
Num projeto urbano, ao agruparmos população de baixa renda deve-se considerar a posibilidade de formar áreas de alta densidade, para a formação de um “poder de compra” , pois precisa-se de uma alta quantidade de pessoas de baixa renda para atender a demanda e o crescimento comercial local.
A baixa densidade se mostra menos prejudicial a locais como “Alphaville” e outros condomínios de classe alta, pois nesses casos são áreas populacionais menos densas porém com um poder de consumo alto, capaz de sustentar um comercio, até mesmo além do básico.
Muitas vezes as áreas escolhidas para habitação de baixa renda são escolhidas por critérios nem sempre coerente, por exemplo, sem o cuidado de verificar se o entorno tem infra estrutura urbana e equipamentos públicos e privados adequados e suficientes para atender o acréscimo de população no local.
É importante estabelecer alguns critérios de projeto para cada empreendimento habitacional , levando-se em conta, por exemplo, o limite máximo de áreas construídas para esse local ( quadra, gleba), o reequilíbrio da proporção de áreas impermeabilizadas para efeito de drenagem, dimensionamento das carências de equipamentos públicos e privados e sua contemplação o empreendimento, potencial de mão de obra para atuação do SEBRAE, SENAI, etc....

Rodoviária (Elemento Urbano)

Para iniciar um estudo de projeto para rodoviárias, deve-se consultar o manual do DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodovias) atual DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)
Para cada tamanho de município deve-se ter uma rodoviária proporcional com capacidade de atendimento à demanda local e regional
Para o projeto deste elemento urbano, há de se levar em conta a sua localização, próximo a estradas estaduais e federais e de fácil acesso pela cidade.
Devemos considerar, como em outros terminais de transporte, as zonas destinadas aos passageiros e as zonas destinadas à administração e às empresas de transportes. Esta zona é mais complexa e exige um conhecimento especializado da admnistração de rodoviárias, de um lado, e da administração das empresas de transporte, assim como dos padrões de dimensionamento das áreas de embarque-desembarque e de manobras dos ônibus.
Hoje o maior problema das rodoviárias é o “externo” dela, e o seu grande desafio é a ligação dela com o “externo”. De acordo com o seu dimensionamento e a área disponível para a sua implantação, é possível ter uma instalação com espaços ajardinados generosos, incluindo estacionamentos restritos e de uso público, ou então com espaços apenas o suficiente para as instalações básicas. Nesse segundo caso, pode-se optar por reduzir a Rodoviária ao essencial, separando-se as atividades afins em blocos separados e até mesmo distantes.
No primeiro caso, o conceito é de isolar a Rodoviária do entorno, o que pode ser positivo no sentido de evitar ou desestimular o comércio informal que em geral se instala na periferia.
No segundo caso, a Rodoviária se integra ao entorno, com todas as conseqüências de envolvimento de suas funções com as do local.
Pode-se portanto deixar a edificação em evidência em um espaço mais isolado, ou então integrá-la ao meio urbano. São dois conceitos bem distintos que deve ser bem estudado. O grande trabalho do urbanista é não deixar o entorno e a Rodoviária interagirem negativamente, deteriorando-se.
Há de se prestar bastante atenção ao volume de tráfego dos ônibus, sabendo tratar a convivência de ônibus e carros, cada um tendo trajetos independentes. Para a área de estacionamento o ideal seria a destinação de um espaço separado, prevendo-se uma concessão desse serviço.
Outro fator importante também é o trajeto dos ônibus até a rodoviária, evitando a passagem deles por ruas estreitas, causando conflitos no entorno.
Na disposição de ambientes no interior da rodoviária, deve-se evitar corredores estreitos, e dar preferência para espaços amplos. No caso dos sanitários deixá-los em locais arejados e iluminados, evitando aquela tradicional solução de deixá-los no fim de corredores (uma questão inclusive de segurança).
E por último, deve se estudar e implantar métodos construtivos, que possibilitem uma arquitetura sustentável, com reuso de águas pluviais, iluminação natural, tratamento de efluentes, que possibilitem a auto suficiência e sustentabilidade da edificação.

Eduardo Velasco – aluno da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UMC – Tema : Urbanismo, abril de 2011-04-06

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