MINHAS VIAGENS URBANAS
MINHAS VIAGENS URBANAS
Por Alexandra Camilo
Trajeto de casa ao trabalho:
Do Jardim Santa Tereza à Vila Lavínia, de carro, leva-se aproximadamente 10 minutos:
Ao sair de casa já nos deparamos com vários buracos e valetas no pavimento, ocorridos pelas chuvas e má qualidade do asfalto. Bueiros sem tampa com galhos sinalizando o perigo. Ao chegar a Av. Japão avistamos o córrego do Rio Tiete com suas margens tomadas pela “favela ”. Muita sujeira , moveis e até peças de carros no rio. Para conseguirmos entrar na avenida esperamos alguns minutos. A rua não é sinalizada e o trafego no sentido contrario é intenso. Subindo a avenida, o transito também é lento nos horários da manha entre as 7 e 9 horas e à tarde das 18 às 19 horas; cortamos então pela perimetral e passamos pela vila Cléo onde a paisagem também não é das melhores ; encontramos os prédios da CDHU sem nenhum tipo de manutenção , com suas paredes infiltradas , pinturas descascadas, janelas quebradas, carros abandonados na rua se deteriorando .Chegando à rua após o cemitério, a paisagem vai se modificando junto com o poder aquisitivo dos habitantes , passando pela nova creche ( sob o fio de alta tensão) inaugurada pela prefeitura há pouco tempo , as casas são todas muradas e pintadas com as cores da moda, muitos sobrados com carros do ano na garagem. O condomínio Serras de Mogi sempre bem conservado, chego ao trabalho onde a má conservação da calçada e a sujeira deixada pelos travestis da noite não me agradam nem um pouco.
Trajeto do trabalho para casa:
Ao voltar do trabalho para casa, agora de ônibus, levo até 5 minutos para poder atravessar a avenida, onde apesar do radar com velocidade reduzida a 50k/h, não há passarela, ou faixa de pedestres ou semáforo para ajudar os pedestres. Atravesso uma pista com muita dificuldade, chego ao canteiro central e aguardo mais alguns minutos até chegar ao ponto de ônibus. Nesse horário os ônibus passam lotados e às vêzes nem param no ponto de tantos passageiros que já estão dentro. Quando entro no ônibus, fica muita difícil observar alguma coisa , foras os apertões , cotoveladas e pisões. Geralmente observo a rotatória em frente ao atacadista Spani, pois ao entrar na rotatória o ônibus não diminui a velocidade , fazendo alguns passageiros desavisados tombarem em cima de outros, causando um certo furor momentâneo. Nessa curva avisto o córrego do Rio Tietê com seu entorno novamente coberto pela mata, assim como ao redor um deposito de placas, painéis e postes que foram descartados devido ao projeto Mogi mais Viva. Eu me pergunto o que vão ser feito deles, fora estarem lá, ao relento , enferrujando ,servindo de abrigo para as larvas da dengue. Do outro lado da rua há uma demolição, um espaço grande que eu aguardo para ver no que vai se transformar. Mais à frente existe um terreno baldio, coberto pela mata, onde na época do calor sempre ateiam fogo, a fumaça toma a rua. Quase não se enxerga os carros a frente. Subindo a rua da empresa Julio Simões , o entorno não é diferente pois estamos voltando para uma área da classe mais baixa de Mogi onde há alguma casas bem precárias. Acredito que são habitadas por catadores de papelão , observando-se as carroças estacionadas na rua. Por outro lado, podemos ver a evolução do bairro com os prédios da MRV sendo construídos. Na continuação, voltamos às ruas esburacadas, os bueiros sem tampa, e à falta de sinalização do transito.
Trajeto de casa para a faculdade:
Novamente de ônibus numa duração de 20 a 30 minutos. Dependendo do transito, o ônibus percorre as mesmas ruas até a Av. Francisco Ferreira Lopes, que passa em frente ao meu serviço. O transito “trava” na descida da Rua Ipiranga, geralmente as 19h00 horas, por causa do horário de aula. Começa a aliviar novamente ao chegar ao centro, passando pelo teatro até o terminal estudantes, terminal este que foi inaugurado há pouco tempo, mas alguns trechos já estão fechados para “obras”, como o recapeamento do asfalto. Observo também, não sei se por erro no projeto ou falta de educação dos pedestres, que na área onde está escrito “proibida a passagem de pedestres” (pois é onde os ônibus saem), ninguém respeita, principalmente quem vem ou vai, no sentido da estação. Acredito que o responsável pela obra deveria ter tido a percepção e verificar esse ponto como um problema, pois é o local mais fácil de acesso para as pessoas. Voltando para a falta de educação , os motoristas também não ficam atrás, pois dentro do terminal acredito que deveria ser mantida uma velocidade máxima. Não é de se estranhar ver um pedestre tendo que dar uma “corridinha”, mesmo na faixa de pedestres, tentando escapar de um motorista afoito.
Chego à faculdade lamentando a minha posição de pedestre. Contudo, como uma compensação,ao observar as motos empilhadas na frente da faculdade e a fila de carros tentando estacionar, fico me perguntando: a que horas esse pessoal tem que chegar para conseguir uma vaga? As 17h00min?
Trajeto da faculdade para a casa:
Gasto aproximadamente 50 minutos, sendo o mais cansativo e desesperador, pois geralmente consigo pegar o ônibus quando ele esta parado na fila de carros em frente à faculdade. Dou uma batidinha na porta e solto um sorrisinho para o motorista abrir, que às vezes dá certo, assim subo no ônibus. Muita prece e paciência, pois só no trajeto da parada dos Estudantes até a Carmela Dutra são uns 15 minutos, muita buzina e carros enfileirados. Descendo para o centro o transito começa a melhorar, o ônibus que não cabe mais ninguém ainda precisa parar nos pontos do teatro, matriz, Bradesco e Compre bem , daí em diante ele não para mais , passa batido pelos passageiros que dão sinal ... e entrar como?, Segue em frente, até chegar de volta ao meu bairro, onde eu vejo então a mesma paisagem pelo menos umas 4vezes ao dia.
Alexandra Camilo é aluna da UMC, Fac. Arquitetura, 9. semestre – Março, 2011..
Sunday, March 20, 2011
Saturday, March 12, 2011
ESTACIONAMENTOS
Anotações de aula.
Por Patrícia Tanaka Gomes
A aula de hoje foi iniciada sobre estacionamentos. A questão de estacionar carros é um problema que existe desde o seu surgimento, em especial nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, muitas ruas foram feitas largas viabilizando o espaço de circulação e de estacionamentos de carros nas vias públicas. Os primeiros carros, de controles mecânicos e de dirigibilidade difícil, precisaram de espaçosas vagas em estacionamento, assim como em garagens.
Além da dirigibilidade precária dos primeiros carros, com o tempo, os americanos desenvolveram veículos com mais conforto e de maior tamanho, culminando com os dos anos dourados, com automóveis de mais de cinco metros de comprimento. A crise do petróleo trouxe os carros mais econômicos e de menor tamanho, o que requereu mudanças nos espaços e vagas de estacionamento. Foram criados vários tipos e tamanhos de carros, porém sabemos que não é possível ficar adaptando vagas de estacionamento para cada tipo de carro.
A quantidade de carros cresceu devido a acessibilidade de crédito, facilitando as compras, popularizando-a.
No início as pessoas não tinham prática na direção, por isso havia os manobristas. Com o tempo as pessoas pegaram prática e elas próprias estacionavam. Surgiu então o especialista de estacionamento, quem eliminou as rampas desnecessárias, áreas de manobras em geral planas e reduzindo os espaços ociosos.
O comercio de rua dependeu dos estacionamentos na via publica, mas com o advento dos Shoppings Centers, foi necessário construir estacionamentos, e essa combinação de Comércio e estacionamento tornou-se indispensável ao sucesso desses centros de compras. O shopping é hoje o melhor exemplo de confortabilidade em relação a comércio x estacionamento para a população.
O estacionamento não é apenas uma vaga, ele determina o sucesso ou o fracasso de determinados usos e por isso ele deve fazer parte do planejamento de empreendimentos e de transportes. Hoje em dia a maioria dos estacionamentos de shoppings, universidades e outros pólos de geração de tráfego são terceirizados. As vagas conforme o tempo foram sendo adaptadas e diminuíram, devido a produção de modelos de carros menores, a dimensão padrão de uma vaga de estacionamento hoje pode chegar ao mínimo de 2,30 x 4,50m.
A automação de estacionamentos existe de longa data, em especial em áreas utbanas já consolidadas e adensadas, onde os terrenos livres são raros e caros.
Vários modelos foram desenvolvidos, em geral com elevadores, que podem ter manobristas que dirigem os veículos para as vagas em diferentes pisos, ou com mecanismos que manobram os carros deixados trancados no local e são transportados vertical e horizontalmente sem manobristas.
Patricia Tanaka Gomes
Aluna do 9. semestre da UMC -Universidade de Mogi das Cruzes, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
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