CAU - UM CAOS PARA AS ESCOLAS FAZ-DE-CONTA
Rafa, boa tarde.
Discordar, mas não diametralmente, pois a questão dos profissionais despreparados e com a certificação de um CREA, agora CAU para, com um diploma, sem mais delongas, ter os mesmos direitos, inclusive de remuneração, dos que já estão - e com o nome limpo - por décadas, e exibem obras onde seus clientes são os maiores defensores, entrarem numa competição de igual para igual, sem nadinha, nadinha, que os diferenciem, é além de injusta, anti-ética. Mas os recem-formados entram na competição por baixo, com preços que acabam sendo aceitos como de mercado...
Se essa diferenciação será feita por exame ou por outro meio, e vc bem sugere o estágio profissional, ou residencia, é mais que necessário.
Quanto a interferir em curriculuns e outras ações dentro das escolas, o CREA já está cansado de saber que o CREA e nem o CAU tem qualquer autorização para isso... pode sugerir, e fica nisso.
Portanto, as escolas que formem o Arquiteto que quizer, mas caberia a alguma Entidade Profissional ( a idéia é que tivesse apenas uma, e não as muitas crias do IAB) dizer quem está capacitado a exercer com responsabilidade o ofício, e quem estaria ainda apenas capacitado a desenvolver seu trabalho desde que supervisionado por um profissional pleno.
Assim, ficaria nítido a existência de dois mundos, o academico e o profissional.
Agora, se as escolas, depois de verem seus graduados em sua maioria sem condições de assumir responsabilidades, será um problema das escolas que não os prepararam profissionalmente, apesar de ter notas do MEC de 4 ou 5 ( o máximo). Universidades com nota 4 que servem de argumento nas propagandas, não tem curso de arquitetura que mereçam tal nota. Avaliação do MEC, muitos de nós sabemos, é feito num ambiente de cenário montado para essas épocas, e logo em seguida fecham programas de pesquisas, demitem professores titulados, desativam laboratorios, etc. Deveriamos ignorar solenemente as escolas de arquitetura uma vez que de nada servem nossos conselhos. Portanto, se seus graduados não conseguirem se certificarem, problema deles, eles que tratem de prepará-los melhor, e fechem as escolas que só tem criatividade na hora de cortar gastos e aumentar os lucros.
Para o CAU, o diploma da USP, Unesp, Puc, Santa ou São não-sei-o-que, Sorbonne, Imperial, etc. é apenas um diploma, e ser Arquiteto é outra coisa.
Para o mercado de trabalho, teremos a certeza de que os Arquitetos-certificados, que passaram por alguma seleção e treinamento, fazem juz ao título. E mais, de acordo com essa avaliação e outras formações, esse Arquiteto-certificado poderá ser Junior, Senior ou Pleno, E assim, na tabela do IAB ou do CAU, haveria um custo-hora de cada nivel de profissional ( criterio do sindicato dos carpinteiros dos EUA, p. ex.).
Vou parar por aqui.
Thursday, January 20, 2011
Wednesday, January 19, 2011
Árvore do cerrado, agosto de 2010
Enquanto caminhava pelos campos do cerrado matogrossense numa época de estiagem, um tanto desoladora, com muita terra seca e cheiro de fumaça das inúmeras queimadas.
Caminhando, observa-se a natureza com o devido respeito, enfrentando o sol na cabeça, devidamente protegida com algum chapéu, o mormaço carregado pelos ventos, o cheiro no ar, ora de flores, ora de folhas, ora indefinidos - pelo menos para nós, os urbanos.
Assim, achando interessante algumas árvores, tirei várias fotos de árvores, tendo-as como foco principal de interesse, e não meramente um elemento de composição do cenário natural para as fotos. Isso me fez observar detalhes dessas árvores que normalmente me passariam desapercebidos, limitando-se a ver o tronco, galhos e folhas, eventualmente flores e ninhos de passarinhos.
Desta vez parei para olhar. Sim, parei, olhei de vários angulos, menos preocupado em buscar imagens para documentar em fotos, mas para perscrutar os detalhes dessas árvores, alguma expressão delas, alguma mensagem... se não para mim, quem sabe para os pássaros, para as abelhas e outros passantes habituais com os quais as árvores costumam manter algum relacionamento. Confesso que não descobri grandes coisas nessa linguagem secreta da natureza.
Mas, dessa curiosidade, ficou a impressão de que as formas das árvores podem ser vistas como modelos de comunicação. Assim, uma que expresse alegria, outra um fechamento - " fechar em copas", se costuma dizer, outra uma transparencia tipo faixa decoradora das antigas paredes ou paineis de arte em ferro do estilo art nouveau , outras aterrorizantes com galhos do tipo de árvore com vida, como as do filme Senhor dos Aneis, e assim por diante.
A árvore que ilustro, pelo menos para mim, é do último tipo que acabo de mencionar. Cada um pode interpretar à sua maneira, mas há sempre o que admirar nessa natureza, mesmo na secura do Agosto no Pantanal.
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